Leitores, é com um sorriso no rosto que redijo, após uma lacuna de meses - quiçá anos -, um texto reflexivo. Não que os criados nesse espaço de tempo não tenham o sido. Mas hoje floresce, novamente, algo não estritamente pessoal e sim universal. Que os tempos de inspiração e reflexão tenham servido para enriquecer meus pensamentos.
Pensei em criar algo Caótico. Uma chuva de ideias, perguntas, meias-respostas e reflexões - assim como encontra-se minha vida no momento. Como poderão perceber, contudo, preferi selecionar um tema e brincar com ideias e palavras acerca deste.
Há algo que me perturba desde o princípio da minha existência. Simplificarei ao máximo por, inclusive, apresentar dificuldade de explicar o todo; fazendo, portanto, com que o texto fique sucinto.
Imagine uma caixa. Nesta caixa existem pessoas - inúmeras. Suponhamos que essas pessoas sejam fans de Big Brother Brasil. Acalme seus pensamentos agora, ou será surpreendido até o final. Essas pessoas são adoradoras do BBB e assistem, comentam, divertem-se com isso. Algo de errado? Para milhões de outras pessoas: sim.
Imagine agora que envolta da primeira caixa exista uma segunda. Nesta segunda caixa, também existem pessoas e também são inúmeras. Suponhamos que essas sejam as pessoas que falam mal daquelas que gostam de BBB. São aquelas que acreditam que o seu nicho cultural é superior e firmemente podem afirmar que seu estilo - e logo a própria pessoa - são superiores àqueles que estão na primeira caixa.
As pessoas criticam as outras, mas não imaginam que elas também estão em caixas! A analogia da Caixa representaria, por exemplo, Padrão Cultural - padrão de consumo. Meu maior dilema sobre o assunto é se eu rio ou se choro. A questão aqui é que existem infinitas Caixas!!
Sim, leitores, minha crítica é, na verdade, muito simples: nós criticamos os que estão "abaixo" do nosso padrão, sem enxergar que nós estamos infinitas "caixas" abaixo de outros!!
Uma solução? Consciência. Quando você tem consciência, não adianta as pessoas criticarem; você já tem conhecimento, afinal. Um grande exemplo pessoal: eu assisto Animes (animações japonesas). Sei que poderia ser considerado perda de tempo por muitos e infantil. Concordo! Entretanto, eu gosto, me faz bem, me divirto e, sinceramente, aprendo muitas coisas! Eu assisto Big Brother? Não, eu não assisto. Acho uma porcaria desnecessária? Também não! Eu aposto que se eu gostasse e tivesse consciência eu também encontraria aprendizados e/ou no mínimo relaxamento.
A questão é que as pessoas se acham melhores do que as outras. Mesmo que seja verdade, a alienação está em todas as camadas e já é geral. Para mim a única solução - ou amenizador - é consciência de tudo que você faz (o que, na verdade, pode ser a alienação da "minha camada").
Não importa do que você gosta. Se aquilo lhe faz feliz, não há motivos para parar. Só peço um pouco de inteligência e racionalidade para não repetir cegamente o que os outros ditam!
2 comentários:
Né. Seguir o padrão de crítica para se sentir superior aos outros, na verdade te mostra igual. E o que você ganha criticando os outros? Vai mudar alguma coisa? Não. Só vai encher seu ego e usar sua boca para repitir como papagaio conceitos pré estabelicidos, com preguiça de pensar e formar sua propria opnião.
o/
As pessoas aceitam críticas como se elas fossem a Verdade. Críticas em geral são muito bem estruturadas e passam uma ideia de Verdade. A questão é que nem sempre há crítica da crítica! Aparentemente apenas seres comprometidos com o pensar e a reflexão o fazem.
Acrescento, inclusive, que o próprio ato de Criticar - com base no que os demais dizem - é uma ação que já é reflexo da "imitação" generalizada.
Acredito que pensando intensamente e se desafiando diariamente chegaremos, quem sabe, em respostas - ou não-respostas - que satisfaçam nossa sede curiosa.
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