A Dor

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Procuro transcrever sentimentos em palavras e espero que o propósito reflexivo também seja alcançado. Como previamente já detalhadamente expliquei, passo por um momento caótico. Há uma vasta escuridão e sinto-me impossibilitado de enxergar. A minha inspiração não é das melhores. O que me move hoje para escrever é um sentimento considerado "ruim", a Dor.

A dor, sucintamente, serve para nos alertar que algo está errado. A Dor, entretanto, a qual me refiro neste pequeno enxerto, é analogamente próxima daquela enfrentada por atletas - ou pessoas ordinárias que pratiquem exercícios: a Dor necessária para adquirir Força. Como já diria o ditado em inglês: "No pain, no Gain".

Em diversas conversas já mencionei esse período de dificuldades e muitos acreditam apenas que eu seja um clássico e muito recorrente Reclamão. Eu gosto desse julgamento, afinal todos conhecemos Reclamões natos! Infelizmente para os que têm essa imagem, não se trata disso.

Não sentir Dor e nem dificuldade, nesse contexto apresentado, é sinônimo de ficar parado. Preso pela tão famosa "zona de conforto". Aceitamento. Sou desde criança uma criatura insaciável por aprimoramento, conhecimento, evolução. Seria para mim ainda mais insuportável ficar estagnado por conforto, ou ainda pior, por medo.

Mas então se eu escolhi o caminho sofrido, porque não paro de me lamentar? Talvez seja apenas uma característica humana ou eu apenas espere que alguém ao entender minhas dificuldades estenda um pouco sua mão ou dê um sinal que, quando eu realmente for cair, terei um apoio para me segurar. Ou também para simplesmente justificar as mudanças tão repentinas que acontecem na minha vida.

A Dor do crescer é maravilhosa. É um sofrimento - posso chamar de investimento - que passamos para sermos melhores. Nascemos lutando e, no meu caso, morrerei lutando ou assim espero.

É evidente que há momentos em que a vontade de jogar a toalha é exorbitante! Momentos em que ter uma vida "normal" parece uma saída boa o suficiente. Talvez nesses momentos que eu reclame. Mas NÃO! Eu continuo o doloroso caminho dos "Campeões", esperando me tornar um, quem dera.

Eu suporto a Dor das minhas escolhas sem arrependimento. Este foi o caminho que eu arquitetei esperando chegar em algum lugar. Talvez esteja perdido e desorientado e sem saber para onde ir. Mas uma coisa eu sei, para onde eu NÃO quero ir. Não quero trilhar o caminho dos conformados. Não quero ser apenas mais um rostinho bonito - ou feio - que passou pelo mundo e não deixou sua (GRANDE) marca.

Quero viver cada dia como se fosse o único! Quero crescer e chegar onde poucos chegaram! Quero aprender e passar aprendizado! Quero me Apaixonar várias vezes (por projetos, por ideias)! E finalmente, quero que essa Dor nunca passe, pois é ela que indica que continuo a crescer. Ela que indica que o meu dia valeu a pena. Seja boa ou seja ruim todas as experiências vão me levar mais longe!

Trilhar o caminho do Sofrimento foi a minha escolha; logo posso chamá-lo de Caminho da Felicidade.

Inception

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Leitores, é com um sorriso no rosto que redijo, após uma lacuna de meses - quiçá anos -, um texto reflexivo. Não que os criados nesse espaço de tempo não tenham o sido. Mas hoje floresce, novamente, algo não estritamente pessoal e sim universal. Que os tempos de inspiração e reflexão tenham servido para enriquecer meus pensamentos.


Pensei em criar algo Caótico. Uma chuva de ideias, perguntas, meias-respostas e reflexões - assim como encontra-se minha vida no momento. Como poderão perceber, contudo, preferi selecionar um tema e brincar com ideias e palavras acerca deste.

Há algo que me perturba desde o princípio da minha existência. Simplificarei ao máximo por, inclusive, apresentar dificuldade de explicar o todo; fazendo, portanto, com que o texto fique sucinto.

Imagine uma caixa. Nesta caixa existem pessoas - inúmeras. Suponhamos que essas pessoas sejam fans de Big Brother Brasil. Acalme seus pensamentos agora, ou será surpreendido até o final. Essas pessoas são adoradoras do BBB e assistem, comentam, divertem-se com isso. Algo de errado? Para milhões de outras pessoas: sim.

Imagine agora que envolta da primeira caixa exista uma segunda. Nesta segunda caixa, também existem pessoas e também são inúmeras. Suponhamos que essas sejam as pessoas que falam mal daquelas que gostam de BBB. São aquelas que acreditam que o seu nicho cultural é superior e firmemente podem afirmar que seu estilo - e logo a própria pessoa - são superiores àqueles que estão na primeira caixa.

As pessoas criticam as outras, mas não imaginam que elas também estão em caixas! A analogia da Caixa representaria, por exemplo, Padrão Cultural - padrão de consumo. Meu maior dilema sobre o assunto é se eu rio ou se choro. A questão aqui é que existem infinitas Caixas!!

Sim, leitores, minha crítica é, na verdade, muito simples: nós criticamos os que estão "abaixo" do nosso padrão, sem enxergar que nós estamos infinitas "caixas" abaixo de outros!!

Uma solução? Consciência. Quando você tem consciência, não adianta as pessoas criticarem; você já tem conhecimento, afinal. Um grande exemplo pessoal: eu assisto Animes (animações japonesas). Sei que poderia ser considerado perda de tempo por muitos e infantil. Concordo! Entretanto, eu gosto, me faz bem, me divirto e, sinceramente, aprendo muitas coisas! Eu assisto Big Brother? Não, eu não assisto. Acho uma porcaria desnecessária? Também não! Eu aposto que se eu gostasse e tivesse consciência eu também encontraria aprendizados e/ou no mínimo relaxamento.

A questão é que as pessoas se acham melhores do que as outras. Mesmo que seja verdade, a alienação está em todas as camadas e já é geral. Para mim a única solução - ou amenizador - é consciência de tudo que você faz (o que, na verdade, pode ser a alienação da "minha camada").

Não importa do que você gosta. Se aquilo lhe faz feliz, não há motivos para parar. Só peço um pouco de inteligência e racionalidade para não repetir cegamente o que os outros ditam!

Caos

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Leitores, minha vida está completamente caótica. Com tantas transformações e novos desafios, simplesmente minha mente tornou-se confusa e desordenada. Luto às cegas contra minhas "responsabilidades" e não tenho um Norte a seguir. Isso, no entanto, não é de nada ruim; incrivelmente, ao contrário, me fascina.

De volta aos 15 anos, lembro-me de traçar algumas metas: Entrar em uma boa Universidade; Melhorar minhas relações com outras pessoas; ter mais Carisma e menos Insegurança. Como a vida é um estimulante Jogo, lutei por esses objetivos e cumpri todas as metas estipuladas. Eu tinha desafios, responsabilidades, deveres e, acima de tudo, uma vontade imensa de realizar o que eu havia estipulado.

Passando por um grande período de reflexões, percebi que, como a maioria das pessoas, não tenho um futuro tão idealizado na cabeça. Não tenho aquele clássico desejo de "me formar, trabalhar, ter uma família", tenho um Sonho que não me é nítido. Sinto que é algo Colossal, mas acredito que não tenha maturidade o suficiente para interpretar o que vejo e, portanto, vejo apenas um borrão.

Por medo de trilhar um caminho equivocado, penso constantemente no futuro, no que eu quero e como alcançar. Vivo de desafios e aprendo com eles. Talvez a teoria dos pontos enunciada por Steve Jobs em seu famoso discurso aplique-se a minha jornada, entretanto, eu realmente sinto mais segurança quando eu enxergo o propósito de cada ação.

Quero estar preparado para ser digno de alcançar meu "misterioso" Sonho. Apenas não sei como. Quando prestei o Vestibular, sabia exatamente toda a matéria que poderia cair, estudá-la era fácil - afinal, tinha certeza que usaria aquilo na tão temida prova. Não sei que desafio tenho de encarar e logo não sei os pré-requisitos que devo preencher.

Talvez a resposta esteja, por fim, em simplesmente Fazer. Acreditando que o quebra-cabeça será completo algum dia e que finalmente poderei ver aquilo que ainda não compreendo. Aprender o máximo possível para estar preparado para tudo? Se não posso ter todas as Habilidades, ter uma Habilidade de Juntar todas as outras?

Como sempre, ao redigir esta postagem, minha auto-reflexão aponta novos caminhos. Está mais claro agora:   não devo ficar perturbado com o Caos, devo começar a ordená-lo. Ordenar meus pensamentos, meus deveres e minha vida. Isso fará com que eu enxergue melhor? Talvez não. Mas pelo menos eu não permaneci parado. Não sou de ficar parado: tenho fome por novidade e desafios!

"Se tudo parece estar sob controle, você não está indo rápido o suficiente." - Mario Andretti